Caros,
não sei se estarei sendo um tanto prolixo, mas segue as teses e dissertações que encontrei sobre meu tema.
Abs e até amanhã,
Marcel Vieira
1) Alessandra Mara Vieira. A presença de Shakespeare na obra de Machado de Assis: a construção das dimensões trágica e cômica em "Quincas Borba". 01/12/2007
1v. 103p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - ESTUDOS LITERÁRIOS
Orientador(es): Marli de Oliveira Fantini Scarpelli
Biblioteca Depositaria: BIBLIOTECA UNIVERSITÁIA E BIBLIOTECA DA FALE - UFMG
Resumo tese/dissertação:
A proposta deste trabalho é o estudo das dimensões trágica e cômica no romance Quincas Borba, de Machado de Assis. A partir do diálogo com o dramaturgo William Shakespeare, especificamente, com a peça Hamlet, o príncipe da Dinamarca, e do uso da ironia dramática, em primeiro momento, procuramos compreender o efeito cômico promovido por esse diálogo. Em um segundo momento, buscamos depreender o modo como o narrador machadiano cria duas possibilidades e reação ao texto: adesão e compadecimento, que proporcionam a criação do trágico, e distância crítica, que favorece a manutenção do cômico.
2) Andressa Cristina de Oliveira. O paródico e o poético em Hamlet de Jules Laforgue. 01/11/2002
1v. 153p. Mestrado. UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO/ARARAQUARA - LETRAS (ESTUDOS LITERÁRIOS)
Orientador(es): Guacira Marcondes Machado Leite
Biblioteca Depositaria: UNESP
Email do autor:
acolivei@siteplanet.com.brResumo tese/dissertação:
Jules Laforgue é um poeta simbolista francês, de origem uruguaia, autor da obras de poesia Le Sanglot de la terre, Les Complaintes, L'imitation de notre-Dame, la lune. Apesar de a maioria dos simbolistas dedicar-se exclusivamente à poesia, Jules Laforgue escreveu Moralités Légendaires, uma singular obra em prosa na qual está incluída a novela "Hamlet ou les suites de la piété filiale", sua releitura de Hamlet, de William Shakespeare. Sua obra é de grande atualidade, pois já no século XIX dedicou-se à paródia, em um momento em que predominavam obras realistas. O poeta fez variações sobre temas conhecidos como "Daphnis et Chloé", "Salomé", "Lohengrin " e "Persée et Andromède". Suas moralidades exploram argumentos que pertencem a um fundo cultural proveniente da Antigüidade greco-latina, cristã ou de um patrimônio nacional, como é o caso de Hamlet. Laforgue parodia uma tragédia shakespeareana do século XVII fazendo jogos de imitação e de translação, ele a transforma em uma novela de cunho paródico e poético Aqui, Hamlet é incompreensível e lunático, mas é mais decidido e pessimista acima de tudo. Esse pessimismo evidencia as influências filosóficas e a ideologia de Laforgue, que faz de Hamlet um autor dramático, um homem de gênio literário, o filho de uma cigana que esquece seu dever sanguinário de vingar a morte de seu pai, pois ele foge com Kate, uma atriz de teatro. O poeta vai mais longe ao retomar os nomes das personagens da Historia Danica do latino Saxo Grammaticus, e ao parodiar a sociedade intelectual francesa de sua época, seus conterrâneos, os decadentistas. Em sua prosa, ele vai além do nível zero de escritura, pois há uma desestruturação da linguagem no nível fônico - por meio de repetições de sonoridades, aliterações, assonâncias e sentimentos, no nível gramatical - o autor emprega tempos verbais que segundo as normas do discurso não podem aparecer juntos, no nível sintático e no nível lógico - com o emprego de adjetivos que provocam surpresa ao serem colocados com nomes aparentemente incompatíveis, que não condizem com o emprego do senso comum. Ele ainda serve-se do mito para animar almas modernas com 'telas antigas', fazendo 'o novo com o velho'. Na medida em que faz sua paródia, ele mostra-nos a influência de suas leituras e de seu conhecimento do texto. Todo esse trabalho inovador e criativo mostra-nos que, mesmo na prosa, Laforgue faz trabalho de poeta moderno, que procura sua originalidade na impressão das imagens, na violação da linguagem e na busca de efeitos fônicos.
3) ANTONIO CLAUDIO DE OLIVEIRA. PLAUTO: UM MODELO PARA SHAKESPEARE.. 01/06/19911v. 255p. Mestrado. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - LETRAS (LETRAS CLASSICAS)
Orientador(es): ZELIA LADEIRA VERAS DE CARDOSO
Resumo tese/dissertação:
EM PLAUTO: UM MODELO PARA SHAKESPEARE, O AUTOR EXAMINA AS INFLUENCIAS DE PLAUTO NA COMPOSICAO DE A COMEDIA DOS ENGANOS, DE WILLIAM SHAKESPEARE NA PRIMEIRA PARTE, EM DETALHE, SAO OBSERVADOS AS FONTES, O ENREDO, A ESTRUTURA, AS PERSONAGENS DE OS MENECMOS. NA SEGUENCIA, ESTUDAM-SE OCOMICO DE SITUACAO-COM DESTAQUE PARA O QUIPROQUO, O COMICO DE PALAVRASNA TRANSPOSICAO DE VALORES, NO EXAGERO, NO JOGO DE PALAVRAS NO TEXTO P LAUTINO. PARA COMPLEMENTAR OS ESTUDOS SOBRE OS MENECMOS, APONTAM-SE, DENTRO DOS RECURSOS ESTILISTICOS, AS CARACTERISTICAS DO SERMO FAMILIARIS PRESENTES NA EXPRESSAO COMICA DA PECA: O ASSINDETO, A ELIPSE, A PARA ACAO DO TEATRO ELIZABETANO. A SEGUIR, EXAMINAM-SE A ESTRUTURA E O ENREDO DA COMEDIA SHKESPEARIANA. NO ITEM SEGUINTE, ALINHAM-SE AS TRANSFORMACOES OCORRIDAS COM AS ALTERACOES FEITAS POR SHAKESPEARE NA ESTRUTURA, NO ENREDO, NAS PERSONAGENS, NO COMICO DE ACAO NO DE PALAVRAS DA COMEDIA REPETINDO PROCEDIMENTO ANTERIOR, DETALHA-SE A OCORRENCIA DO QUIPROQUO. NA CONCLUSAO, O AUTOR, ALEM DE REGISTRAR A RELACAO DE INTERTEXTUALI DADE EXISTENTE NOS DOIS TEXTOS E A REUTILIZACAO DE OS MENECMOS-FREQUENTE-DESTACAM PLAUTO COMO MODELO NA COMEDIA.
4) Antônio João Teixeira. "WHEREFORE TO DOVER?" - SPACE AND THE CONSTRUCTION OF MEANING IN FILMIC ADAPTATIONS OF KING LEAR. 01/07/2001
1v. 197p. Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - LETRAS (INGLÊS E LITERATURA CORRESPONDENTE)
Orientador(es): Anelise Reich Corseuil
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da UFSC
Resumo tese/dissertação:
Partindo da hipótese de que o espaço físico é uma característica proeminente em Rei Lear de Shakespeare - os personagens se deslocam de um lugar para outro até finalmente se encontrarem em Dover - esta tese investiga como o espaço é construído em quatro adaptações cinematográficas do texto teatral. A hipótese levantada é a de que o espaço nesses filmes - realizados por Kozintsev, Kurosawa, Godard, e Brook - é um espaço político metafórico relacionado com a construção de uma identidade nacional. Noções teóricas de metáfora e metonímia no cinema, espaço narrativo fílmico e identidade nacional são abordadas a fim de investigar como esses filmes constroem o espaço em relação ao texto dramático e ao contexto nos quais eles foram produzidos. Esta pesquisa conclui que, embora os quatro filmes estejam intimamente ligados a seus contextos nacionais e à época em que eles foram produzidos, os três filmes não-britânicos - com a exceção de Ran, cuja construção do espaço questiona a fonte original - estão fortemente associados a uma obra literária canônica e à cultura que a produziu, o que comprova a ainda forte influência da cultura britânica.
5) CHARLES SPENCER BACON. THE BARD IN MOMO'S REALM: SHAKESPEARE ON THE BRAZILIAN TELEVISON. 01/03/1995
1v. 244p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - LETRAS
Orientador(es): AIMARA DA CUNHA RESENDE
Resumo tese/dissertação:
ESTA DISSERTACAO EXAMINA O PROCESSO DE TRADUCAO DAS PECAS "ROMEO AND JULIET" E "OTHELLO" DO SHAKESPEARE, NAS PRODUCOES ROMEU E JULIETA E OTELO DE OLIVEIRA, A PARTIR DO SEU CONTEXTO DE PALCO NO ORIGINAL AS PRODUCOES TELEVISIVAS NUM CONTEXTO CULTURAL E LINGUISTICO DISTINTO, COMO TAMBEM AS INFLUENCIAS DA ARTE DE CINEMA QUE TEM UMA AFINIDADE TAOPROXIMA, E ISTO ATRAVES DE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS PRODUCOES FILMICAS DE SHAKESPEARE. E FEITA UMA ANALISE DETALHADA DA APROPRIACAO DO TEXTO,TEMAS E PERSONAGENS NA SUA EXPRESSAO NO CONTEXTO BRASILEIRO, COM A UTILIZACAO DO MITO UNIVERSAL DO CARNAVAL E SUA VERSAO LOCAL, COMO META
6) Cláudia Buchweitz. VIRANDO O OUTRO: UMA APROPRIAÇÃO BRASILEIRA DE THE TEMPEST, DE WILLIAM SHAKESPEARE. 01/06/19991v. 71p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - LETRAS (INGLÊS E LITERATURA CORRESPONDENTE)
Orientador(es): José Roberto Basto O'Shea
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da UFSC
Email do autor:
buch@portoweb.com.brResumo tese/dissertação:
Esta dissertação examina a peça teatral A Tempestade, de Augusto Boal, como uma apropriação pedagógica de The Tempest, de William Shakespeare, a fim de trazer à tona a ressonância brasileira do texto. A peça de Boal é analisada em busca de um ciclo interno de reflexão, ação e diálogo que é projetado sobre o leitor e que gera minha própria leitura da peça. Para contextualizar A Tempestade, a contribuição de Paulo Freire à noção de pedagogia crítica é apresentada. Discute-se a Pedagogia do Oprimido, assim como suas implicações para o Teatro do Oprimido. Os princípios da poética do oprimido são resumidos e contextualizados em termos do poscolonialismo. A partir disso, é introduzida a noção da prática poscolonial de apropriação. Depois da resenha teórica, apresenta-se uma comparação estrutural entre A Tempestade e The Tempest. A seguir, introduz-se a leitura proposta por Soares dos Santos para A Tempestade - na qual esta autora discute o enfoque "hemisférico" de Boal. Finalmente, apresento minha própria leitura da peça, que expande a leitura de Soares dos Santos e dá ênfase ao tema brasileiro - a "falta de consciência," ou seja, a inabilidade de ver-se a si próprio à distância para vencer "situações-limite". Como resultado desta análise, concluo que A Tempestade é, de fato, uma apropriação poscolonial de The Tempest e, como tal, deve ser lida comparativamente à narrativa fundadora. A Tempestade também é uma obra do Teatro do Oprimido, porque levanta perguntas que produzem conhecimento transgressivo. Em termos amplos, conclui-se que as obras de apropriação podem trazer à tona relatos alternativos de "verdades oficiais" e abrir espaço para paradigmas estéticos alternativos mediante geração de conflito e desestabilização do conceito de versões da cultura institucionalmente aprovadas (ou não aprovadas).
7)Claudia Maria Perrone. Walter Benjamin e William Schakespeare: a alegoria da teoria.. 01/08/19991v. 234p. Doutorado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL - LINGÜÍSTICA E LETRAS
Orientador(es): Regina Zilberman
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central irmão José Otão
Email do autor:
liber@pro.via-rs.com.brResumo tese/dissertação:
Nessa tese pretendemos esboçar uma compreensão da teoria benjaminiana através de uma alegoria. Esta alegoria é Hamlet, de William Shakespeare. Hamlet foi um prototexto do livro de Benjamin "A origem do drama barroco alemão" na sua visão barroca e profana da história e, ao mesmo tempo, é uma alegoria da própria teoria benjaminiana sobre esses temas. O trabalho é uma análise das coordenadas de tempo, espaço e figuras do barroco como delineados por Benjamin e apresentados pelo drama.
8) Elaine Barros Indrusiak. "Looking for Richard" e "Shakespeare in love": Shakespeare pela ótica do cinema hollywoodiano pós-modernista. 01/09/2001
1v. 147p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - LETRAS
Orientador(es): Rita Terezinha Schmidt
Biblioteca Depositaria: BSCSH
Email do autor:
eindrusiak@uol.com.brResumo tese/dissertação:
A monografia intitulada "Looking for Richard e Shakespeare in love: Shakespeare pela ótica do cinema hollywodiano pós-modernista" aborda o diálogo intertextual interdisciplinar que os filmes cinematográficos "Shakespeare in love" (John Madden, 1998) e "Looking for Richard" (Al Paccino, 1996) estabelecem em relação ao conjunto da obra de William Shakespeare. A análise dos filmes demonstra que, tanto pela estruturação de suas narrativas quanto por suas posturas frente ao legado cultural shakesperiano e seu papel na cultura de massa contemporânea, tais filmes configuram-se como obras de arte pós-modernistas. Tendo por base abordagens culturais abrangentes do fenômeno pós-modernista, concluímos que "Shakespeare in love" e "Looking for Richard", propõem um redimensionamento da obra canônica de Shakespeare e de seu legado cultural na contemporaneidade, recuperando seu forte apelo popular através do cinema de entretenimento hollywodiano.
9) Erika Viviane Costa Vieira. Resisting Closure: Ophelia's Representation on Painting and Screen. 01/12/20041v. 144p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - ESTUDOS LITERÁRIOS
Orientador(es): Thais Flores Nogueira Diniz
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Universitária da UFMG e Biblioteca da FALE/UFMG
Resumo tese/dissertação:
The female part in Hamlet has been misinterpreted and somehow also neglected throughout the centuries by literay criticism, which has always privileged the protagonist. Nevertheless, Ophelia, a female minor chacacter, has received more attention than Hamlet from visual arts, making her character the subject of innumerable paintings. This thesis is a study on the character of Ophelia in paintings and on screen, with specific emphasis on how the issues of gender and death are handled through the continuous repoduction of this female character in both media. The inter-semiotic articulation between text and image makes it possible to prove that Ophelia exerts a certain fascination over male's and female's view. Based on feminist readings of Shakespeare, Ophelia makes us re-conjecture on the issue of women and representation, on how and in what terms men have come to think of women, and in what terms. I argue that the apparent insignificance of Ophelia on stage through weak and mild performances in the Shakespearean text has led to a counterpoint in which she is more expressively presented in the visual arts. In an apparent contradiction, I have reached the conclusion that Ophelia's absence in the is what elucidates her constant presence in the visual arts.
10) GLORIA ELENA PEREIRA NUNES. LEITURAS DE SHAKESPEARE: DA PALAVRA À IMAGEM. 01/04/20061v. 154p. Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - LETRAS
Orientador(es): MARIA ELIZABETH CHAVES DE MELLO
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central do Gragoatá
Resumo tese/dissertação:
O papel que o leitor exerce na construção de sentido do texto literário é semelhante ao do espectador na apreensão da imagem cinematográfica. As adaptações literárias para o cinema são, efetivamente, releituras críticas do texto-fonte, e, no caso de Shakespeare, recriações da quebra do ficcional construída pelo dramaturgo. Ao proporem uma narrativa que conscientiza o espectador da artificialidade do fazer cinematográfico, os diretores ora analisados desconstroem a idéia de um cinema cópia do real, ao mesmo tempo em que, como Shakespeare, convocam o espectador a realizar uma outra significação para a obra.
11) Marina Beatriz Borgmann da Cunha. Is this the promise´d end? Reinventing King Lear for a Brazilian Audience. 01/09/20031v. 130p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - LETRAS (INGLÊS E LITERATURA CORRESPONDENTE)
Orientador(es): José Roberto Basto O'Shea
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da UFSC
Email do autor:
borgmann@zaz.com.brResumo tese/dissertação:
Como o seu título sugere, o núcleo desta dissertação é a peça King Lear de William Shakespeare e as várias possibilidades e impossibilidades inseridas em performances de diferentes produções, começando com o teatro Elisabetano na Inglaterra, quando a peça foi originalmente estreada, até chegar ao Brasil contemporâneo. Apesar de o presente estudo ter King Lear como objetivo principal, outras peças de Shakespeare em performance durante os séculos dezenove e vinte no Brasil também foram consideradas especialmente em suas relações com o contexto sócio-cultural. Baseando-se principalmente nos paradigmas teóricos de Jay L. Halio este estudo prossegue com um exame detalhado da produção Rei Lear dirigida por Ron Daniels em 2000-2001, uma produção simultaneamente preocupada com questões comerciais e o desejo de comunicar-se com uma audiência brasileira contemporânea.
12) PAULA REGINA PUHL. A discursividade no filme Hamlet. Uma interpretação hermenêutica.. 01/09/20031v. 256p. Doutorado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL - COMUNICAÇÃO SOCIAL
Orientador(es): Roberto José Ramos
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da PUCRS e Biblioteca Nacional
Email do autor:
prpuhl@terra.com.brResumo tese/dissertação:
O trabalho propõe analisar a Discursividade em níveis verbais e não-verbais, da personagem Hamlet, no filme Hamlet, de 1948, dirigido por Laurence Olivier. O corpus da análise serão nove cenas, separadas por três temas dominantes da narrativa - Vingança, Suposta Loucura e Morte.O texto fílmico é baseado na peça Hamlet, príncipe da Dinamarca do dramaturgo inglês William Shakespeare, escrita em 1600. O teórico norteador da pesquisa será Roland Barthes, por intermédio de quatro categorias: Imagem, Cultura, Poder e Discurso em articulação com os estudos de Crítica Estilística de José Martin, a fim de aprofundarmos a caracterização da personagem na narrativa. A metodologia quer irá guiar a pesquisa será a Hermenêutica de Profundidade, de John B. Thompson, e a sua proposta da Tríplice Análise composta pela Análise Sociohistórica, Análise Formal ou Discursiva e a Interpretação e Re-Interpretação. A Hermenêutica de Profundidade tem como objetivo priorizar o estudo da produção de sentido, através das Formas Simbólicas, que segundo Thompson são ações, falas, textos e imagens que servem, para sustentar ou estabelecer relações de Poder. Dessa forma, está de acordo com o objeto e com os objetivos, já que o Discurso verbal e não-verbal são caracterizados como Formas Simbólicas. O estudo será divido em três capítulos. No primeiro apresentaremos um panorama a respeito da obra shakesperiana como um todo, suas características, influências e abrangência, para, em seguida, abordarmos o Cinema, como Meio de Comunicação de Massa e a utilização de clássicos shakesperianos para a construção de filmes. Ainda nesse capítulo, apresentaremos a obra cinematográfica criada por Olivier, baseada em Hamlet e as implicações do Cinema na sociedade, assim como, a sua linguagem específica. No segundo capítulo vamos nos ater a apresentação do referencial teórico, Barthes e Martin, a metodologia da Hermenêutica de Profundidade e a escolha da pesquisa qualitativa. Por fim, o terceiro capítulo será responsável pela análise do filme, constando a descrição verbal e não-verbal das cenas escolhidas, assim como, a aplicação das categorias barthesianas e da Crítica Estilística, de Martin.
13) Ramayana Lira de Sousa. There would this Monster Make a Man: Teratology in Rendition of Caliban in the RSC Production of William Shakespeare´s The Tempest. 01/05/20031v. 102p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - LETRAS (INGLÊS E LITERATURA CORRESPONDENTE)
Orientador(es): José Roberto Basto O'Shea
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central da UFSC
Resumo tese/dissertação:
A Tempestade de William Shakespeare intriga leitores e críticos com sua complexa combinação de magia, intriga e humor. Recorrendo a conceitos como opressão, identidade e representação, segundo são desenvolvidos na teoria pós-colonial contemporânea, este estudo propõe uma análise da produção teatral de 1993 d'A Tempestade pela Royal Shakespeare Company. O objetivo é discutir o papel da monstruosidade de Caliban e como ela diz respeito a temas como relações de poder e espetáculo. Um primeiro passo em direção a este objetivo é uma avaliação das recentes teorias pós-coloniais, levando a uma discussão sobre o papel da humanidade de Caliban no texto dramático. A partir daí é necessário apresentar uma breve história cultural de Caliban, de forma a posicionar a produção de 1993 nesse contexto. A leitura é contextualizada não apenas em termos da apresentação de Caliban, mas também em relação às circunstâncias sociais, políticas e culturais da criação da produção. A grande vantagem de se fazer uma análise da produção teatral de um texto shakespeariano parece ser, assim, a possibilidade de ver o sentido das peças como contigente, resultante de uma série de elementos (corpo do ator, indicações visuais, a instituição teatral, audiência) que as liberam do fardo de serem consideradas como obras de uma mente única, universal, não-contraditória, apontada pela crítica contemporânea como o "Mito Shakespeariano". Eu concluo que a produção de 1993 da RSC reforça, de diversas maneiras, leituras tradicionais d'A Tempestade acerca do domínio de Prospero sobre a ilha.
14) THAIS FLORES NOGUEIRA DINIZ. OS ENLEIOS DE LEAR: DA SEMIOTICA A TRADUCAO CULTURAL. 01/06/1994
1v. 235p. Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - LETRAS
Orientador(es): SOLANGE RIBEIRO DE OLIVEIRA
Resumo tese/dissertação:
ESTA TESE TEM POR OBJETIVO ANALISAR, COM BASE EM TEORIAS RECENTES SOBRE TRADUCAO, QUATRO VERSOES FILMICAS DA PECA DE WILLIAM SHAKESPEARE, KING LEAR, PRODUZIDAS NAS DECADAS DE SETENTA E OITENTA, POR CINEASTAS DE DIFERENTES NACIONALIDADES.ALEM DE TRADUCOES INTERSEMIOTICAS OBVIAS, QUE SE APRESENTAM COMO SIGNOS ICONICOS UMA DA OUTRA, ESSAS VERSOES EXEMPLIFICAM TAMBEM TRADUCOES TRANSCULTURAIS: O FATOR CULTURAL MOSTROU-SE RESPONSAVEL PELAS MAIORES TRANSFORMACOES OCORRIDAS.ENTRE OS ASPECTOS CULTURAIS, OS RESULTANTES DE MUDANCAS GEOGRAFICAS E HISTORICAS MOSTRARAM-SE DECISIVAS.ALEM DESSES, O FATO DE OS TEXTOS SEREM CONSIDERADOS CEN OU A OBEDIENCIA AS NORMAS DA POETOLOGIA - FAZENDO COM QUE A TRADUCAO CHEGUE, EM ALGUNS CASOS, A CAUSAR UM EFEITO DE RETROVERSAO.OBSERVOU-SE AINDA QUE A ESCOLHA DE UM ASPECTO RELEVANTE PARA TODAS AS CULTURAS - A QUESTAO DA ORDEM - FOI RELEVANTE PARA A ANALISE DOS QUATRO FILMES ESTUDADOS.ELA PERMITIU TAMBEM QUE UM DOS CINEASTAS REALIZASSE UMA TRADUCAO RADICAL DE GENERO,TRANSFORMANDO A TRAGEDIA DE LEAR EM ALGO A QUE DEN OMINAMOS MOCK-FILM.CONCLUI-SE QUE O ASPECTO CULTURAL E O QUE MAIS CONTRIBUI PARA A CRIACAO ARTISTICA, NO CASO DAS TRADUCOES INTERSEMIOTICAS.
15) VALTER LELLIS SIQUEIRA. Brevidade e sublimidade: a ópera Macbeth de Verdi como tradução da tragédia homônima de William Shakespeare.. 01/05/19981v. 136p. Mestrado. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - LETRAS (LÍNGUA INGLESA LITER.INGLESA E NORTE-AMERICANA)
Orientador(es): JOHN MILTON
Biblioteca Depositaria: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Resumo tese/dissertação:
Neste século, os estudos envolvendo a tradução literária conheceram um grande avanço, particularmente a partir da década de 1970, ampliando seu escopo de atividade e admitindo novas variantes. Dentre essas variantes está a tradução inter-semiótica, ou seja, a interpretação dos signos verbais por meio de sistemas de signos não-verbais. a ópera, portanto, pode ser incluída neste tipo de tradução. Em sua própria origem, este gënero musical já estava intimamente ligado ao teatro, pois sua invenção, na florença do século XVII, foi uma tentativa de recriação da tragédia grega. No século XIX, a ópera já era o mais ambicioso dos gêneros musicais, com o Romantismo, o ideal de recriação da tragédia grega já não é mais seu objetivo principal, e dramaturgos como William Shakespeare passam a ser musicados por compositores de diferentes países europeus. Na Itália, Giuseppe Verdi, o maior compositor lírico da época, também voltou suas atenções para Shakespeare, no qual via a realização perfeita de um ideal de "brevidade e sublimidade"que era uma de suas metas em música. Assim, Verdi realizou três tradyuções de Shakespeare: Macbeth, Otelo e Falstaff. Este trabalho ocupa-se, basicamente da discussão de Macbeth,a primeira ópera de Verdi com libreto shakespeareano, como tradução inter-semiótica.